Demonstrar as interligações setoriais, geração de emprego, renda, tributos e as demandas do turismo de Mato Grosso do Sul, evidenciando oportunidades de negócios, simulações de impactos e a mensuração de perdas do segmento durante a pandemia. Esses são alguns dos objetivos do termo de colaboração entre a Fundação de Turismo de MS (Fundtur MS) e o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS), assinado na última sexta-feira (26). Esse estudo com toda metodologia e proposta é inédito no país.
Participaram da assinatura o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo, diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, e a economista do IPF MS, Daniela Dias, juntamente com a superintendente da Fecomércio, Valmira Carvalho, e o diretor regional do Senac MS, Vitor Mello.
“Temos mais de 50 atividades econômicas relacionadas ao turismo conforme informações da Confederação Nacional do Comércio (CNC)”, afirma Edison Araújo. “Em MS, essas atividades são responsáveis por mais de 4 mil estabelecimentos e 20 mil empregos. Logo, se faz urgente detalhar esse setor, levantar dados estatísticos e produzir relatórios voltados à elaboração da matriz insumo-produto para alavancar esse segmento, ainda mais neste momento de pandemia e auxiliar o empresário na tomada de decisões com dados”.
O diretor-presidente Bruno Wendling afirma que estudos apontam quedas no faturamento do setor em mais de 70% só no ano passado. “Foi um dos que mais sentiram os reflexos negativos da Covid-19, com a suspensão das atividades e em meio ao distanciamento social. Com o início da vacinação, iniciamos o momento de pós pandemia e precisamos ter as ferramentas e conhecer os insumos corretamente para uma recuperação mais acelerada. Entender o encadeamento das atividades turísticas, como elas se comportam, seus impactos diretos e indiretos, informação qualificada para atração de novos investimentos são fundamentais para alavancar o setor”.
Para a economista do IPF MS, Daniela Dias, que vai conduzir os trabalhos, identificar e definir a importância da matriz insumo-produto (MIP), tal qual especifica o convênio é muito importante. “Em meio a esse processo de retomada do turismo, a MIP se demonstra como uma ferramenta fundamental, por meio do auxílio a tomadas de decisões, descobertas de potencialidades e na simulação de impactos de medidas pleiteadas ou a serem pleiteadas.”
Os trabalhos serão iniciados imediatamente e têm prazo para finalização de 12 meses. O resultado será disponibilizado no site da Fundtur.
Texto: Neusa Pavão – Fecomércio, com informações da FundturMS / Foto: Débora Bordin