Capital se projeta para o futuro funcionando como parada para viagens de lazer, negócios e aventura
Campo Grande (MS) – Já faz algum tempo que Campo Grande deixou de ser apenas porta de entrada para Bonito e o Pantanal e se tornou destino de turistas de todo o Brasil. Com estruturas cada vez mais organizadas, a cidade vem se consolidando como atração turística em Mato Grosso do Sul e caindo nas graças de quem passa por aqui.
Dos 761 mil passageiros desembarcados em 2018 no Aeroporto Internacional da Capital, conforme o Observatório do Turismo, 516,5 mil eram turistas. Desses, 212,2 mil tiveram como destino Bonito, 198,3 mil ficaram em Campo Grande e outros 53 mil escolheram a região do Pantanal como destino final.
Prestes a completar 120 anos, no dia 26 de agosto, a Cidade Morena tem um turismo peculiar na avaliação de Wendling. “Mistura negócios, eventos com natureza, parques, uma rica vida noturna e atrativos no entorno da cidade propícios para o ecoturismo e a aventura”, explica.
A cidade possui estrutura completa de atrativos, hotéis e restaurantes que atendem a atual demanda turística e conta com um aeroporto que passará por reformas do poder público para melhorar a capacidade de novos voos. Além disso, a retomada das obras do Aquário do Pantanal pelo Governo estadual promete redesenhar a oferta turística da região.
“Temos um horizonte de oportunidades no setor de turismo, para aquecer a economia, gerar empregos e renda. Quem vem a Mato Grosso do Sul se apaixona. Mais de 97% dos turistas disseram que recomendariam o Estado. Estamos nos preparando para atrair e receber cada vez mais. Instituímos o Decola MS, abrindo mão de imposto, reduzindo a alíquota do ICMS do querosene, para estimular a oferta de voos comerciais, fomentar o turismo regional, aumentar o número de passageiros e cargas nos aeroportos, e promover a economia e o crescimento da cadeia produtiva do turismo”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
Enredos urbanos
Entre as pessoas que visitam a Capital, conta o guia de turismo Carlos Iracy Coelho Netto, a percepção é única: cidade organizada, limpa e com muito verde. Esse último adjetivo não é à toa. Campo Grande é a capital mais arborizada do País, com 96,3% de árvores plantadas nas calçadas, as mesmas que guardam histórias e curiosidades de mais de um século de vida.
Boa parte delas o guia de turismo de 60 anos apresenta para os viajantes no Walking Tour – Trilhas Urbanas. Bastante utilizada em grandes centros da Europa, a modalidade de turismo que consiste em passeios guiados realizados a pé, é oportunidade de conhecer aspectos geográficos, arquitetônicos e históricos de Campo Grande.
Na cidade, o passeio começa na praça do Mercadão, passa pelo Camelódromo, Morada dos Baís, Relógio da Calógeras, Monumento José Antônio Pereira de Souza, Casa do Artesão, Paróquia Santo Antônio, Rua Velha (26 de Agosto), Novo Relógio (14 de Julho), Praça Ary Coelho e termina na estátua do poeta Manoel de Barro.
“Nesse percurso sempre conto histórias curiosas e polêmicas como a retirada do Relógio de 14 e da praça Ary Coelho que era um cemitério. Vou passando a história da cidade, que nasceu na confluência dos córregos Prosa e Segredo, mas como era uma área alagada as pessoas subiram para a Rua 26 de Agosto”, revela.
Hoje, a cidade respira progresso e se projeta para o futuro. O setor do turismo segue a mesma entoada. Aliado a Bonito e ao Pantanal de Corumbá, Ladário, Miranda e Aquidauana, o destino turístico de Campo Grande promete a manutenção de bons atrativos aos visitantes, tanto para os que vem de fora do Estado quanto para aqueles que saem do interior de Mato Grosso do Sul.
Bruno Chaves – Subsecretaria de Comunicação – Subcom
Fotos: Saul Schramm/Edemir Rodrigues